quarta-feira, 12 de maio de 2010

Simples do Cotidiano.

A paixão por aqueles que ali estavam era imensas, mas sua sede de manter-se anti-social era maior do que o amor próprio. Nada o abalava você poderia até afirmar que haviam de ser questões relacionadas a problemas familiares, mas não, ele era assim.
Obscuro e inabalável, não importavam as coisas, o que o rondava era apenas cigarros e wiskes 20 anos. Era anarquista, mas vivia bem em sociedade, o chamavam de Skin-head, mas seu melhor amigo era negro, divergência ali não havia, parece, mas não é...
Decidiu comprar um carro, e seu primeiro desejo relacionado ao veículo era ter um toca-fitas nele, sim, um toca-fitas, talvez essa “loucura” venha devido ao fato de gostar de tudo o que seja antigo, sentia excitação naquilo, e quando um homem acha que correto está, não a o que contrariar, sim, ele ira embora em seu corvette.
Um dia percebeu a ausência das coisas, da qual aos 15 anos, 10 anos atrás não lhe interessavam, não se importava, mas agora, fazia falta, decidiu voltar.
Não era mais o mesmo, tanto ele como sua cidade, seu povo, as pessoas... Haviam mudado, nada estava igual, era completamente estranho de tudo o que já havia visto.
Ele acreditava, tinha a crença como seu ponto forte, sim havia divergências, mas quem é, porque não mudar de ideia, se até mesmo Deus já errou?
Pois bem, estava anoitecendo, e pós seu cochilo, já eram 04h32min da manhã, e em seu carro, tocava um Rogério Skylab. Levantou-se daquela poltrona mórbida, acendeu seu cigarro, escorou-se no carro, e adormeceu. Acordou, já era dia e por ali não constavam mais lembranças, tudo havia evaporado, não continha alma nem no mais profundo olhar daquele ser humano, era um visionário, um ser onde nem mesmo ele, poderia habitar em si mesmo.
Seu carro, era vermelho, sua alma, não tinha cor, sem dor, e sofrimento, foi embora, e por ali, nunca mais retornou.

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